Lutero e João Paulo II
Reencontrei recentemente um artigo do poeta Bruno Tolentino na extinta revista Manchete, à época da última visita (creio) de João Paulo II ao Brasil, em 1997. Nele, Tolentino fala sobre os poemas que o papa escrevera em polonês, e que o poeta traduzira para o inglês. Este trecho é muito interessante:
"O pontífice-autor talvez não goste de ouvir isto, mas sua visão da participação de todos na escalada de cada um rumo ao Calvário é curiosamente luterana. O grande Reformador dizia que a Cruz não se escolhe nunca, é sempre imposta. Ninguém gosta, todos preferimos a nossa versão pessoal de auto-sacrifício, mas como diriam a uma só voz Lutero e Wojtyla:
Eu queria carregar ladeira acima
uma Cruz que escolhesse, compatível
com o orgulho e a auto-estima.
Só que esse tipo de Cruz não faz sentido!
Na crucificação tudo é possível,
menos não ser um pária, um poltrão, um bandido..."
2 Comments:
Prezado Oswaldo,
Já Allan Kardec discorda de ambos tanto de João Paulo II quanto de Martinho Lutero, pois o calvário de uns é escolhido, por assim dizer, pelos Espíritos elevados quando em uma determinda tarefa encarnatória, mas é imposto àqueles seres ainda muito imperfeitos como expiação de seus erros passados.
Abraços,
JOÃO EMILIANO MARTINS NETO
Oi João,
Bom saber a posição de Kardec.
Abraço!
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